Fonte: Capitão Meme (no Facebook) |
Olá, pessoal!
Só esclarecendo, porque isso é importante de saber para alguns internautas: minha orientação doutrinária é compatível com a Presbiteriana, Igreja Cristã Evangélica, Calvinista (até certo ponto), Adventista (sou sabatista, mas sem exagero, porque levo em conta as críticas que Jesus fez ao sistema judaico exagerado de Sua época), etc.
Vi esta imagem ao lado no Facebook e, além de boas risadas, lembrei de todos estes fatos que escrevi abaixo:
Esse pânico por tudo o que aparece pela frente relacionado a Apocalipse, começou nos anos 60 a 70 (ou talvez mil anos antes!), quando os pregadores ensinavam o Apocalipse ao pé da letra e metiam medo em todo mundo...
Não se sabia sobre traduções que poderiam ser errôneas, nem que as coisas eram simbólicas, nem se entendia que João tentava descrever o que via através de comparações, pois quase nada do que vira existia há 2000 anos. E nós ficávamos surpreendidos com a popularização da internet e acreditávamos em tudo! rsrs
O tempo dessa marca da besta na mão ou na testa aos que querem comprar ou vender é para, provavelmente, depois da volta de Cristo, ou imediatamente antes. Temos que isto acontecerá aos judeus, quando acharem que chegou seu Messias, que na verdade se revelará como Anticristo e ele dominará sobre a Terra durante o milênio (ou pouco antes do milênio... é confuso!).
Provavelmente a marca significa um novo sistema financeiro e uma nova ordem mundial. Obs.: A Igreja Adventista entende que quando Jesus voltar, os não-salvos já acordarão depois do milênio como soldados do exército de Satanás (que ficará sozinho na Terra em exílio por 1000 anos), vendo a Nova Jerusalém descendo do céu (ou seja, não haveria uma nova ordem mundial, pois eles levam em consideração que Jesus é a pedra que destrói toda a estátua de Nabucodonosor -- que simboliza os diferentes governos humanos -- e a volta de Jesus colocaria fim a todas as ordens mundiais, iniciando o Reino dos Céus com os salvos, eterno). Mas todos os entendimentos das igrejas são discutíveis.
O número da besta é a alusão à estátua de Nabucodonosor, só que com uma ressalva completamente Anticristã. A estátua tinha as proporções matemáticas do número 6 (que representa a imperfeição, pois não chega ao número 7), ou seja, 60 côvados de altura por 6 côvados de largura, e fornece as medidas de tempo até a volta de Jesus (e é daqui que se extrai o entendimento de que a marca da besta é uma nova ordem mundial -- ou a tentativa de implementá-la).
Na Babilônia, que era representada pela cabeça da estátua, os deuses pagãos eram representados por múltiplos de 6: o deus menor era representado pelo "6", o deus maior pelo "60" e, para se referir a todos os deuses, usavam o número "600". Assim, se extrai o entendimento de que o número "666" representa não só toda a estátua (toda a história humana permeada por Satanás), mas toda ela qurendo se consolidandar, sendo politeísta ou atéia, se opondo, querendo destruir Deus e querendo ser maior que Deus. É o pandemônio, a verdadeira Grande Meretriz. Isto culminará na guerra celestial e no Juízo Final.
Na época do rei babilônio Nabucodonosor, o povo era obrigado a se curvar à estátua, mas os servos de Deus (como Daniel, que era escravo) não se curvavam e foram jogados em covas de leões e em fornalhas, mas Deus sempre os livrava do mal. Esse mesmo aspecto se repetirá (os servos de Deus não se curvarão à Satanás e a sua nova ordem, seja lá qual for).
Vale ressaltar: a marca da besta será dada na testa ou na mão, diferentemente da marca ou selo do Espírito Santo, que nos é dada no coração, pela fé, sendo um dom de Deus. Neste caso, a marca da besta será algo oposto ao selo do Espírito Santo (que é espiritual). Portanto, pode não ser um chip ou algo físico, mas sim algo imposto como prova de fé.
Se você tem o selo do Espírito Santo como fé em Cristo, certeza da salvação, cumprimento dos mandamentos, autoridade divina de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, etc, então, na marca da besta, você terá fé no Anticristo (ou em nada), certeza da destruição, dscumprimento dos mandamentos, autoridade terrena do Dragão, da Besta e do Falso Profeta.
Por outro lado, pode mesmo ser uma marca física, vez que as coisas materiais se opõe, em certo sentido, às espirituais. E "testa" e "mão" lembram o labor, o trabalho (bem no contexto de Adão pecador em Gênesis: "do suor da tua testa tirarás teu sustento"), ao contrário de "coração", em muitos versículos que apontam para a alma e a vida ("Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti." - Salmos 119:10,11).
Pode ser até mesmo um "sinal de mão", assim como havia o sinal de lealdade a Hitler, lembram?
Para os adventistas, a marca da besta é a guarda do domingo ao invés do sábado. Sendo espiritual, mas de "ato" e não de "fato".
Ainda por outro lado, a marca pode ser espiritual e física, pois o selo do Espírito Santo se desenrola na fé e nas obras (na fé em Cristo e nas boas ações, conforme Mateus 7:19 e Tiago 2:26).
Assim, a simples vida material e terrena na "nova nova ordem mundial" já representaria lealdade ao Anticristo (poderia haver, OU NÃO, uma marca física).
Logo em seguida ao capítulo 13 em que a marca da besta é descrita, vem o capítulo 14 falando dos 144 mil que aceitaram a Cristo. Esse povo não é o povo cristão, e sim o povo judeu que aceitou a Cristo. São 144 mil ramos de famílias de origem judaica (12 x 12 x 1000) -- senão todos os judeus -- que ainda não abriram seus corações a Jesus. Por isso, temos que o capítulo 13 se refere ao Anticristo emergindo do meio judaico (embora os capítulos do Apocalipse não sejam obrigatoriamente de eventos sucessivos, pois do capítulo 1 ao 11 se descrevem eventos sucessivos e, do 12 ao 22, são eventos aleatórios que fazem parte dos 11 primeiros capítulos). O fato é que o povo judeu continou a esperar um messias, como descrito nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, após Jesus ressuscitar e sair do túmulo.
Assim, a marca da besta não é, necessariamente, um chip subcutâneo de compra e venda. Muito menos num momento completamente fora de contexto de algumas profecias que ainda precisam se cumprir, como a do Mar Morto se tornar doce e o Terceiro Templo de Salomão ser estabelecido. Ainda não parece o momento propício para afirmar que é ou não.
Se você está com medo, lembre de Daniel: ele sabia perfeitamente que o sistema político da época se opunha a Deus. Ele, de escravo, foi elevado a governador da Babilônia.